Que uma nuvem
Encobriria a beleza de um olhar
No primeiro instante
Não acreditei que viria antes
Do precioso sol nascer
E agora?
Envolvida em uma rede de retalhos
Eu paro e penso
E fico olhando o barco se distanciar
E de longe um súbito adeus
Perdida e decepcionada
Olhe para a terra sob meus pés
Me pergunto de agora
Justo quando o mundo
Pareceu virar-se novamente...
Que dias então estão perante minha ignorância?
Será que ao amanhecer verei um sol
Ou apenas mais um dia nublado?
Eu procuro por um abrigo
Mas tudo que enxergo é o peito ferido
Aberto esperando por alguém
Que talvez jamais chegará
O amanhã é incerto
E tudo pode se tornar uma esperança
A mentira do acaso se arrasta
Serpenteando entre minhas mais belas rosas
Que florescem no instante de um olhar.
Que dias pela frente hei de ter ?
Na mente a sombra da possibilidade
Que traz consigo o inesperado riso
E a esperança de um belo amanhecer
E perdida, entre os gramados de encanto
A erva daninha cresce, silenciosa e paciente
Ou será que sempre esteve ?
E que apenas esperou
O momento que meus olhos
Por fim a encontrou?
By Maryayga Poemas
Direitos Reservados