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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

ÁRIDO AMOR !

Mal que me faz este ser, que viajante
sou eu neste teu corpo a falar como um peso...
Buscando em cada amanhecer o que todos chamam de momentos errantes.
Agora sou eu, como o vento forte que varre a poeira, 
limpando meu coração deste chão agora árido !
Sou como o descaste da obra esculpida, corroidas como feridas...
Chama que invade agora meu ser, e destroi o tudo que eu consagrava.
Algo que deixei crescer, no fundo de minha alma.
Tentei buscar o que não havia, esquecendo dos passos que marcavam só minha ida...
Encontro-me agora tão vazia, neste deserto que a sede de ti seca-me a vida.
Sons que escuto em pensamentos loucos, na imaginação que atordoa...
Lembrar o tudo que eu cultivei, e ver podado pelas mãos que um dia beijei.
Ideais que hoje ferrem, como o punhal na carne que pulsa.
Não lembrou por um momento do coração que só amou.
Cortou em mil pedaços e sem vida agora como fragelo, largado ao tempo
inserto, sem rumos e sem direção...
Ganhou o que eu tinha de mais valioso, e hoje nem mesmo sabe o porque desprezou 
Pergunta-se a sí mesmo o que eu fui na verdade, um engano ou corvardia tua.
E nada pode-se mudar, no momento de tua ira onde tuas lágrimas queimam a face
que salga e arde.
Virou as costas para um amor, que por você morreria...
Nada mais restou desde então, sou como folha seca que os ventos levam.
Sou a pergunta, não respondida.
Porque te amei em um momento incerto ainda paira em meu ser.
Foi você o dono de toda razão...
Pobre de ti diz a voz que impera em teu interior, foste amor, foste paixão ?!
__ Hoje és as sobras de tua própria ação !
Morre-se nós dentro de nosso espetáculo, onde as cortinas agora encerram,
por não haver mais um ato, neste palco que um dia vivemos, e hoje o tablado de terra
me enterra.

D.A. Reservados Maryayga Poemas

   


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